O que é psicoterapia e como funciona?
A psicoterapia é um processo de autoconhecimento de curto, médio e longo prazo, no qual a autorreflexão é promovida com o objetivo de melhorar a qualidade de vida, nas relações interpessoais, nos sintomas e questões emocionais emergentes. Com uma escuta clínica especializada, trabalho verbal dinâmico e diversas técnicas de intervenção, o psicólogo ampara, acompanha e fornece ferramentas para o desenvolvimento pessoal do paciente.
A saúde mental pode auxiliar no alcance dos objetivos?
Para a psicóloga Ivi Albuquerque, o processo visa a descoberta de novos caminhos para atuar no mundo de maneira mais saudável, plena e satisfatória. “Essa terapia torna-se uma oportunidade para desenvolver suas potencialidades e trabalhar os padrões de comportamento e repetições negativas, entrando em contato com as emoções contidas e reprimidas que se transformaram em bloqueios emocionais e físicos”, destaca Ivi.
Dessa forma, o psicoterapeuta auxilia o paciente a resolver problemas específicos ou gerais, tais como uma doença mental específica ou uma situação que esteja causando estresse em sua vida. Dependendo da abordagem utilizada pelo terapeuta, uma variedade de estratégias e técnicas podem ser utilizadas. A terapia busca ajustar esquemas disfuncionais de sua vida, descobrir suas potencialidades, ressignificar e trabalhar suas questões emocionais.
Através do tratamento com profissional habilitado é possível identificar causas e os padrões comportamentais que possam estar impedindo a pessoa de ter uma vida mais feliz e satisfatória. A psicoterapia mostra de maneira clara, os pontos que necessitam de atenção e reparo em nosso cotidiano, para que seja possível ter uma saúde emocional mais equilibrada. Por isso, quase todos os tipos de psicoterapia envolvem o desenvolvimento de uma relação terapêutica, comunicação e criação do diálogo. É fundamental uma boa empatia entre paciente e terapeuta.
Em que momento buscar um psicólogo ou psiquiatra?
A busca por terapia, ao contrário do que muitos pensam, não precisa ser só em um momento de dificuldade. A pessoa pode estar à procura de um maior autoconhecimento e bem estar . Entretanto percebe-se que essa procura é mais frequente em momentos de crise, quando o indivíduo se sente mobilizado por uma situação ou questão emocional. Dentre as causas mais comuns que podem ser tratadas com psicoterapia estão: depressão, medos e fobias, ansiedade, dificuldades de relacionamento afetivo, perdas, dificuldades sexuais, timidez, baixa autoestima, compulsões, traumas, inseguranças, pensamentos repetitivos e angustiantes. Além de distúrbios orgânicos como obesidade, dores de cabeça, hipertensão, asma, bruxismo, gastrite entre outros.
Qual tipo de psicoterapia escolher?
A maioria das pessoas quando ouvem a palavra psicoterapia imaginam um paciente deitado no divã falando enquanto o terapeuta, numa cadeira próxima, faz suas anotações.
Porém, há uma variedade de técnicas e práticas utilizadas nesse tratamento. O método usado em cada situação pode variar de acordo com uma variedade de fatores, incluindo a formação e os fundamentos do terapeuta, as preferências do paciente, bem como a natureza exata do problema atual dele.
Algumas das principais abordagens para a psicoterapia incluem:
- Psicoterapia de Orientação Analítica: uma abordagem terapêutica que mergulha em pensamentos de um paciente e experiências passadas para procurar pensamentos inconscientes, sentimentos e memórias que podem influenciar o comportamento. Estas costumam ser mais demoradas.
- Psicoterapia Cognitivo-Comportamental: essa envolve técnicas cognitivas e comportamentais, onde o paciente é solicitado pelo terapeuta para cumprir tarefas com a finalidade de mudar pensamentos negativos e comportamentos desajustados.
- Psicoterapia Humanista: uma forma de terapia que se concentra em ajudar as pessoas a maximizarem o seu potencial.
- Psicoterapia Breve: trabalha com ferramentas voltadas a resolução de um problema (situação de crise) que é sugerido como foco de trabalho pelo psicoterapeuta e pelo paciente.
A abordagem mais adequada para o paciente pode ser definida após a primeira avaliação, quando, juntos, psicoterapeuta e paciente definem o número de sessões semanais ou mensais e o plano de tratamento.
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