Ansiedade: você sabe o que é?

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Imagine que você tem uma prova em algumas horas que decidirá seu futuro profissional. É possível que você passe parte do tempo seguinte analisando suas chances de ter bons resultados, se está bem preparado e quais as consequências caso o resultado seja negativo. Cenas do que pode dar errado podem vir à sua cabeça e você pode, inclusive, sentir aperto no peito, o coração bater acelerado e dores no estômago, entre outros sintomas. Diante de grandes obstáculos e de situações com alta expectativa, é comum nos sentirmos ansiosos. Quando os sintomas aumentam muito de intensidade e surgem nas tarefas simples do dia a dia ou impedem você de realizar atividades que considera importante é hora de avaliar a necessidade de ajuda profissional.

A ansiedade é uma reação humana a algum tipo de perigo eminente e pode se manifestar também através do fruto da nossa imaginação. Nosso corpo fica em estado de alerta, preparado para reagir e o cérebro fica mais ágil, procurando saída para situações de perigo. Assim, se você considerar que está em uma situação ameaçadora, sentirá os sintomas de ansiedade, mesmo que todos ao redor julguem as circunstâncias como normais.

Os sintomas podem ser físicos (tremores, aperto no peito ou palpitação, enjoos, dor de barriga, tensão muscular, entre outros) ou psicológicos (agitação, medo constante, descontrole dos próprios pensamentos, dificuldade de concentração, entre outros).

De acordo com a Organização Mundial da Saúde, cerca de 19 milhões de brasileiros sofrem com a doença. Questões como a demora na retomada da economia e instabilidade em relação ao futuro aumentaram a angústia. Segundo a Interfarma (entidade que reúne as principais farmacêuticas que atuam no país) em 2016 o faturamento com a venda de ansiolíticos foi de R$ 342 milhões. E em 2017, R$ 376 milhões resultando num crescimento de 10%.

Como tratar?

Psicoterapia:

Muitas vezes nos sentimos incapazes de identificar o motivo pelo qual estamos em um quadro de ansiedade. Por isso, a psicoterapia poderá auxiliar na identificação e tratamento das razões pelas quais determinadas situações geram este problema. Além disso, pode ajudar a descobrir formas personalizadas de controlar os sintomas. O psicoterapeuta poderá montar um plano de tratamento de acordo com a necessidade e a realidade de cada paciente.

Medicamentos:

Períodos de ansiedade podem gerar alterações nos neurotransmissores, por isso a medicação pode auxiliar a reduzir os sintomas e melhorar a qualidade de vida. É importante fazer uma avaliação junto ao psiquiatra para que ele possa estabelecer qual medicação é adequada para cada caso.

Exercícios físicos:

Praticar exercícios físicos libera endorfina, hormônio responsável pela sensação de bem-estar. Além disso, por mais simples que seja o exercício, há uma necessidade de concentração nos movimentos que pode tirar o foco dos pensamentos negativos durante a execução. A interação social e os desafios que alguns esportes apresentam também podem ser importantes para aumentar a sensação de satisfação.

Através dessas ações é possível minimizar os danos causados pela presença da ansiedade em nossas vidas. Dessa forma, é preciso deixar de lado nosso desejo de controle e cobrança em relação a nós mesmos, assim como a busca incessante pela perfeição, pois esse padrão de comportamento pode ser um dos principais fatores que levam ao surgimento da ansiedade.


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