O Viagra Feminino

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A notícia como é descrita na mídia é maravilhosa! Agora as mulheres estarão prontas para terem mais prazer sexual, desde que tomem um comprimido diário da medicação cor de rosa. Addyi é o nome comercial da medicação disponível nos EUA. Foi descoberta ao acaso, na pesquisa de um antidepressivo. O fármaco acarreta um efeito sobre o cérebro. Tomando um comprimido ao dia, durante dois meses se alcançaria uma relação prazerosa uma vez ao mês. Nem pensar em ingerir álcool com a medicação, pois leva à queda da pressão arterial. Na hora “H” a mulher pode desmaiar.

A falácia já aparece de cara, quando comparam ao Viagra. É uma enganação midiática, pois o Viagra provoca ereção com o uso de um comprimido. Tem efeito no pênis e quase na hora, o que não acontece com Addyi.

As mulheres seguem outro caminho para obterem prazer sexual. Precisam de afeto, toques, cuidados, atenção, verdades, cumplicidade e amor. Sem isto, seriam iguais aos homens. Estes com ereção poderão copular com qualquer mulher, independente de gostarem da parceira.

O Viagra foi uma grande descoberta, mas também vulgarizou e banalizou a relação entre os casais. Os homens imaginam que com o pênis ereto serão mais queridos e valorizados. 

Percebo que os homens estão “brochando” com mais frequência. Talvez achem que o Viagra irá salvá-los. Que  bom que não tem salvado! Tenho defendido a ideia que, brochar no inicio de uma relação, pode ser muito bom para o futuro deste vínculo. Diante da impotência eventual do homem, se este puder dizer à companheira que está ansioso, abre um espaço para a mulher ajudá-lo a recuperar sua potência. Poderá levar dias este processo, mas sem dúvida aproximará o casal, trará mais cumplicidade e intimidade. Esta parceria dispensará o uso do Viagra.

Voltando ao “Viagra feminino”, acho que um homem amoroso, parceiro e afetuoso  ajuda a estimular a libido feminina. Muitas mulheres que não tinham orgasmo com um companheiro surpreendem-se ao obterem orgasmo numa outra relação mais amorosa.

Temo que esta pílula feminina possa ser uma grande jogada de marketing para que o laboratório fature muito dinheiro. Para aumentar a suspeita, foi um laboratório alemão que descobriu a medicação, mas só foi aprovada nos Estados Unidos, depois de venderem a patente para um laboratório americano.

Bem, só restará a experiência do uso, para aquelas mulheres que não conseguem se acompanhar de homens mais saudáveis, amorosos, ou seja, mais competentes.

Nelio Tombini


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